Profissão: professor

Botton que inspirou este post. A legenda diz: Aqueles que podem, ensinam. Aqueles que não podem, criam leis sobre o ensino.

Profissão e professor tem a mesma raiz. Ambas as palavras referem-se a trabalho com e como compromisso. Ambas as palavras supõem atuação com base em muita preparação, estudo, dedicação, conhecimento. Ambas as palavras denotam responsabilidade social.

Infelizmente, neste tempo de hegemonia de um neoliberalismo radical e cruel, a profissão de professor virou alvo preferido de gente que se propõe a reformar a sociedade com base exclusiva em critérios da eficiência do deus mercado. Em toda a parte, a culpa pelos fracassos educacionais vem sendo colocada nas receptivas costas dos mestres. Muita gente que não tem a mínima idéia de como ensinar no cotidiano de uma sala de aula anda inventado regras de como os professores devem ensinar. Essa mesma gente se atribui o papel de avaliar professores.

Desconsiderações pelo professor e por sua profissão atingem um ponto crítico: em muitos cursos de pedagogia, os argumentos dos profetas da eficiência capitalista converteram-se em doutrina oficial. Cansei-me de ver professores e alunos universitários em atos de auto-flagelação, refletindo a crítica absurda de gente que seria um fracasso imenso em qualquer sala de aula. Já passou da hora de reverter esse quadro. Faculdades de educação e cursos de pedagogia precisam retomar o sentido profundo do professar, da profissão, do ser professor.

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