Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Orientação Profissional

abril 20, 2023

Publico aqui programa que elaborei para o curso de Orientación Laboral para a Universidad Nacional de Lanús, Argentina, três anos atrás. Com a pandemia, o curso foi suspenso e eu não vou retomá-lo. Se aprovado, ele será conduzido por outro professor.

Enfatizei em minha proposta conteúdos de informação profissional, tema com o qual estou mais familiarizado.

Curso: Orientação Laboral

Professor: Jarbas Novelino Barato

Justificativa

Muitas vezes a busca por oportunidades de trabalho é desinformada. Estudantes do ensino médio, jovens em busca do primeiro emprego e trabalhadores desempregados pouco sabem sobre as tendências gerais do trabalho e sobre condições que poderiam melhorar suas possibilidades de acesso ao emprego. Tal situação resulta em dificuldades para se encontrar trabalho e para escolher caminhos adequados de capacitação profissional.

No campo da educação, desenvolveu-se uma prática conhecida como orientação profissional voltada para jovens dos últimos anos do ensino médio. Essa prática, baseada em técnicas psicológicas, buscava identificar que carreiras poderiam ser mais indicadas para os jovens estudantes. Tais carreiras eram sempre relacionadas com formação de nível universitário. Configurou-se assim uma tradição de orientação voltada para os filhos da classe média nos momentos que precediam ingresso dos estudantes no ensino superior.

Em orientação profissional utilizou-se com muita frequência de testes psicológicos para identificar ocupações mais adequadas para os jovens que estavam terminando o ensino médio. Ainda há aplicação de testes em alguns programas, mas estes não têm a mesma importância que tiveram no passado. Mas, ainda predomina a ideia de que certas qualidades inatas podem ser identificadas para direcionar a preparação profissional dos jovens. Ignoram-se quase sempre determinações sociais e históricas sobre o engajamento das pessoas no mercado de trabalho.

A capacitação profissional relacionada com atividades de orientação laboral são principalmente aquelas que exigem formação em nível universitário. Capacitações de nível básico ou médio não costumam ser consideradas. Entre outras consequências, isso leva jovens e suas famílias a não considerarem caminhos de preparação para o trabalho que não passam pelas universidades.

Estudos sobre o trabalho vêm mostrando que o desemprego é maior entre os jovens. E mais: apontam que dificuldades de acesso ao trabalho são muito maiores entre os jovens das camadas mais pobres da população (no Brasil, por exemplo, o percentual de jovens mais pobres desempregados fica na faixa dos 30%). O fenômeno é mundial e atinge tanto países desenvolvidos como países em desenvolvimento. Agências internacionais como a OIT e a UNESCO vêm estudando o fenômeno e propondo programas que possam apoiar os jovens na busca de trabalho e no acesso a oportunidades de capacitação profissional. O mesmo vem acontecendo em diversos países que adotam políticas públicas para enfrentar a questão do desemprego juvenil.

Há diversos critérios para definir a faixa de idade dos jovens trabalhadores. Adotaremos aqui o critério de que tal faixa abrange a população dos 16 aos 29 anos, pois é nessa faixa de idade que o desemprego é mais agudo. O limite inferir, 16 anos, é a idade mínima que a maior parte dos países considera para ingresso no mercado de trabalho. O limite superior de 29 anos separa o segmento de jovens do segmento de jovens adultos, faixa dos 30 as 39 anos, que têm índices de desemprego mais próximos da média geral.

Aos jovens desempregados mais pobres falta informação sobre trabalho e oportunidades de capacitação profissional. Falta também informação sobre os mecanismos de ingresso em empregos do mercado formal, sobretudo em empresas modernas. E esses jovens, geralmente, não recebem orientação laboral durante seus estudos no ensino médio e nos anos subsequentes à sua formação escolar.

O desemprego juvenil é agudo e os jovens mais pobres costumam não ter informações seguras sobre caminhos do trabalho. Por essa razão, este curso elegeu como alvo principal estudos sobre a situação dos jovens desempregados e ações de orientação laboral que possam apoia-los na busca de trabalho e de oportunidades de capacitação profissional. Dados os limites de tempo para nossas atividades, elegemos como foco principal do curso as questões de informação profissional. Entendemos que a informação profissional não é apenas produção de materiais sobre oportunidades de trabalho. Entendemos que a informação profissional deve ser um processo interativo no qual os jovens interessados tenham um papel ativo, e não apenas o de meros receptores. Esta, aliás, é uma orientação presente em vários projetos das organizações internacionais, órgãos de governo e organizações da sociedade civil.

A abordagem de orientação laboral que escolhemos buscará subsidiar a atividade prática do curso: a elaboração de um produto de informação profissional voltada para um grupo específico de jovens mais sujeitos ao desemprego. Esperamos que com isso os alunos tenham uma iniciação bem fundamentada sobre ações de orientação laboral que possam ser desenvolvidas para os jovens que mais têm dificuldades de encontrar caminhos para o trabalho decente em suas vidas.

Objetivos

  • Definir formação profissional e tecnológica em suas decorrências de atividades voltadas para obras.
  • Identificar tendências do trabalho que influenciam destinos profissionais
  • Examinar relações entre educação, formação profissional e trabalho.
  • Examinar possíveis resistências ao trabalho manual.
  • Analisar situação de desemprego juvenil, relacionando-a com educação, classe social e gênero.
  • Identificar tenências de desemprego dos jovens na América Latina, particularmente na Argentina.
  • Descrever programas de combate ao desemprego juvenil, desenvolvidos por órgãos das Nações Unidas.
  • Identificar os principais métodos de orientação vocacional e laboral.
  • Descrever as linhas gerais do método clínico de Bohoslavsky.
  • Definir as direções das abordagens sócio-históricas em orientação vocacional e laboral.
  • Distinguir orientação laboral de orientação ocupacional.
  • Mostrar a importância da informação profissional para os trabalhadores.
  • Relacionar as direções do trabalho decente propostas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com escolhas ocupacionais que possam ser feitas pelos trabalhadores.
  • Relacionar formas de transição entre escola e trabalho.
  • Descrever como participação em programas de aprendizagem instrumenta a orientação laboral.
  • Indicar estratégias que podem colaborar com a superação de preconceitos quanto a ingresso de mulheres em ocupações em que predomina a presença  masculina.
  • Mostrar direções de orientação laboral que integrem em suas atividades tratamento equitativo com relação a gênero.
  • Descrever estratégias que integram ensino e orientação para o trabalho em cursos secundários.
  • Indicar como a orientação laboral pode se integrar a programas de capacitação profissional.
  • Produzir materiais informativos que possam auxiliar trabalhadores em processos de escolhas ocupacionais.
  • Relacionar medidas que podem ser desenvolvidas para integrar a orientação laboral em ações de educação permanente dos trabalhadores.
  • Citar arranjos que podem ser desenvolvidos na educação secundária para que os alunos tenham informação sobre trabalho e universo ocupacional.
  • Relacionar as principais tendências de orientação laboral.

Programa

  1. Saber do trabalho e educação
  2. Capacitação profissional em escolas
  3. Capacitação profissional no trabalho
  4. Saberes do fazer e educação
  • Desafios diante dos câmbios de paradigmas produtivos e tecnológicos.
  • Trabalho vivo X trabalho morto
  • Trabalho, sociedade e valores
  • Inserção laboral e desenvolvimento profissional
  • Projetos de integração escola trabalho
  • Programas de aprendizagem e orientação laboral
  • Objetivos da orientação laboral
  • Visão tradicional da orientação laboral
  • Visão informativa da orientação laboral
  • Métodos, ferramentas e técnicas
  • Abordagens tradicionais
  • Abordagem clínica
  • Abordagem sócio-histórica
  • Aspectos objetivos e subjetivos da orientação
  • Limites da orientação ocupacional
  • Orientação profissional X orientação para o trabalho
  • Orientação profissional e classes sociais
  • Orientação profissional e gênero
  • Recursos pessoais: motivação, autoestima, capacidades, destrezas, atitudes
  • Biografias educativas e laborais
  • Trabalho, educação e escola
  • Experiência profissional e capacitação profissional
  • Orientação laboral e formação contínua dos trabalhadores

Orientações para o trabalho prático

O trabalho prático será a elaboração e aplicação de um produto de informação profissional. Esse produto, preferentemente, deverá ser um material que utilize a internet como plataforma de publicação e de interação dos orientandos com informações previamente selecionadas.  Para organizar as dinâmicas de acesso e interação com as informações escolhidas sugerimos dois modelos, WebQuest ou WebGincana. Um e outro modelo, se usados adequadamente, garantem interação dos alunos com as informações e aprendizagem colaborativa. Os alunos do curso poderão escolher outros modelos que tenham também as características de interação e aprendizagem cooperativa dos dois modelos sugeridos.

A prática aqui proposta será elaborada por grupos de dois ou três alunos. E ela terá quatro momentos distintos:

  • Escolha do segmento de trabalhadores ou candidatos a emprego que será objeto da experimentação do material de informação profissional.
  • Elaboração e publicação do material na internet.
  • Aplicação do material com uma amostra representativa do segmento escolhido.
  • Relatório da aplicação.

No que segue, descrevemos em linhas gerais cada um desses momentos.

Escolha do segmento de trabalhadores ou candidatos a emprego. O curso irá priorizar estudo sobre jovens, na faixa dos 16 aos 29 anos, que enfrentam maiores problemas para conseguir emprego. Esse grupo populacional pode ser dividido em vários segmentos, tais como:

  • Estudantes de escolas de periferia que frequentam o último ano do ensino secundário e que pretendem ingressar no mercado de trabalho assim que terminarem seus estudos.
  • Jovens que já terminaram há algum tempo, um ou dois anos, seus estudos secundários, mas não conseguiram ainda emprego definitivo.
  • Jovens que já terminaram o ensino secundário e estão engajados no mercado informal de trabalho.
  • Jovens que já trabalharam no mercado formal por algum tempo, mas que se encontram desempregados há mais de três meses.
  • Trabalhadores assistidos por alguma organização governamental na busca de emprego (supõe-se que exista na Argentina algo equivalente aos Centros de Apoio ao Trabalhador-CAT’s que recebem desempregados e os orientam para oportunidades de trabalho ou de capacitação profissional).
  • Jovens com mais de 16 anos que não concluíram o ensino secundário e encontram-se no mercado buscando trabalho.
  • Mulheres jovens que podem buscar capacitação profissional em ocupações atualmente exercidas majoritariamente por homens. Entre tais ocupações merecem destaque: marcenaria, mecânica de automóveis, soldagem, programação de computadores.

A lista aqui apresentada é apenas um exemplo de possíveis segmentações da parcela jovem da população que mais enfrenta problemas de desemprego. Os alunos do curso poderão fazer outras escolhas, baseadas em seus conhecimentos ou em questões que gostariam de aprofundar.

A escolha do segmento para o qual o grupo irá produzir material de informação profissional deverá ser justificada. Além disso, características gerais do segmento escolhido deverão ser descritas. Finalmente, será preciso mostrar que necessidades de informação têm o segmento escolhido. Essa justificativa deverá ser um trabalho escrito com cerca de cinco páginas.

Elaboração e publicação do material na internet. O material, obviamente, cobrirá apenas aspectos limitados das necessidades de informação da clientela selecionada. Estima-se que a produção do material exigirá cerca de vinte horas de dedicação do grupo e deverá ser um produto cuja aplicação possa ser feita em cerca de três horas. O professor, na medida das necessidades, dará apoio á produção.

Aplicação do material com uma amostra representativa do segmento escolhido. O material deverá ser aplicado a uma amostra do segmento escolhido. A aplicação poderá ocorrer in loco – numa escola, numa organização social que presta assistência a jovens trabalhadores, num sindicato, num órgão de governo que presta assistência a trabalhadores etc. Poderá também ser aplicado via internet, desde que se consiga adesão de um grupo representativo da clientela.

Para a aplicação será preciso preparar um instrumento simples de registro para recolher opiniões da clientela escolhida e para avaliar resultados.

Relatório de aplicação. Após a aplicação do produto, o grupo deverá elaborar um memorial técnico para mostrar resultados da aplicação e adequação ou inadequação do trabalho desenvolvido. Além disso, convém apresentar uma conclusão em que se registre como o grupo viu a experiência e como esta pode indicar caminhos para novas iniciativas de informação profissional:

Avaliação

A avaliação do curso será efetivada por meio de apreciações do trabalho prático. Serão considerados especificamente: a Justificativa, o Produto e o Relatório de Aplicação. Para cada um deles, serão utilizadas rubricas com definição dos critérios a serem considerados e os níveis (quatro) de satisfação atingidos. Para efeito de aprovação, os grupos de trabalho precisam alcançar, em cada instrumento, média equivalente pelo menos ao terceiro quartil de satisfação. Se necessário, os resultados obtidos serão convertidos em notas e menções adotadas pelo programa na universidade.

Os três instrumentos de avaliação –  rubricas específicas para Justificativa, Produto, e Relatório Final – serão apresentados aos alunos no começo do curso.

Se possível, a elaboração de rubricas será desenvolvida com participação dos alunos.

Referências bibliográficas

ACEVEDO, Marleny, PRADA, John e ÁLVARE, PAULA. (2008. La educación para el trabajo de jóvenes em Colombia: mecanismo de insersión laboral y equidad?  Bogota: Fundación Carolina CeALCI. [https://www.fundacioncarolina.es/wp-content/uploads/2014/07/Avance_Investigacion_23.pdf]

ANDRADE, Carla.  (2008). Juventude e Trabalho: Alguns Aspectos do Cenário Brasileiro Contemporâneo. IPEA Mercado de Trabalho – 37 – novembro, 2008. [http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4077/1/bmt37_09_juventude_e_trabalho.pdf ]

ANDRADE, Josemberg; MEIRA, Girlena e VASCONCELOS, Zandre. (2002). O processo de orientação vocacional frente ao século XXI: perspectivas e desafios. Psicol. cienc. prof. vol.22 no.3 Brasília Sept. 2002. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000300008 ]

ARGENTINA. (sd). Talleres de Orentación Laboral (TOL): Propuestas de trabajo para el capacitador. Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social. [http://trabajo.gob.ar/downloads/formacioncontinua/TOL_Propuesta_para_el_capacitador.pdf ]

BARATO, Jarbas. (2016). Trabajo, conocimiento y formación professional. Montevideo: OIT/Cinterfor. [http://www.oitcinterfor.org/sites/default/files/file_publicacion/trab_con_fp_jarbas_web_0.pdf]

BARATO, Jarbas Novelino. (2015). Fazer bem feito: valores em educação profissional e tecnológica. Brasília: UNESCO. [https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000233600]

BELL, Donnalee e BENES, Krista. (2016). Improving de School-to-Work  Transitions of Youth in Canada: A Scoping Review. Ottawa: CCDF-FCDC. [https://cica.org.au/wp-content/uploads/School-to-Work-Transitions-A-Scoping-Review-FINAL.pdf]

BIAVASCHI, Constanza et ali. (2012). Youth Unemployemnt and Vocational  Training (Discussion Paper nº 6890). Forschungsinstitut zur Zukunft der ArbeitInstitute for the Study of Labor. [http://ftp.iza.org/dp6890.pdf]

BOCK. Silvio. (2018). Orientação Profissional para as Classes Pobres. (2018). São Paulo: Cortez.

BOCK, Silvio. (2014). Orientação profissional: A abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez.

BOHOLASVSKY, Rodolfo. (2015). Orientação Profissional: A estratégia clínica. São Paulo: Martins Fontes.

BOHOLASVSKY, Rodolfo. (1976). Orientación Professional – La Estrategia Clínica. Buenos Aires: Nueva Vision.

BONELLI, Angela. (2003). La orientacion como proceso. Buenos Aires: Bonum. [https://books.google.com.br/books?id=vbqfc1vsYaQC&printsec=frontcover&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false]

BREWER, Laura. (2013).  Enhancing youth employability:What? Why? and How? Guide to core work skills. International Labor Organization. [  https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—ed_emp/—ifp_skills/documents/publication/wcms_213452.pdf]

BREWER, Laura. (2005). Jóvenes em situación de riesgo:La función del desarollo de calificaciones com vía para facilitar na incorporación al mundo del trabajo. Ginebra: Oficina Internacional del Trabajo.  [https://www.oei.es › historico › etp › jovenes_situacion_riesgo_oit]

CALIENDRO, Marco e SCHMIDL, Ricarda. (2016). Youth unemployment and active labor market policies  in Europe.  IZA Journaal of Labor Policy volume 5, Article number: 1 (2016).[ https://izajolp.springeropen.com/articles/10.1186/s40173-016-0057-x]

CARON, Patrick e CHATAIGNER, Jean-Marc(Coord.).  (2017). Un défi par la planète: Les objectifs de développment durable em débat. Marseille:  Institute de Recherce pour le Développement. [http://horizon.documentation.ird.fr/exl-doc/pleins_textes/divers19-05/010071145.pdf]

COSTA, Janaina. (2007). Orientação profissional: um outro olhar.  Psicol. USP vol.18 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2007. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642007000400005 ]

CRUZ-MANTE, Loree (coord). (2011). Guiding Youth Careers: A Handbook  for those who help young jobseekers. Manille: International Labor Office. [https://www.ilo.org/skills/pubs/WCMS_154445/lang–en/index.htm ]

CRUZ-MANTE, Loree. (2011). L’Orientation Profisionnelle des Jeunes: Manuel À l’intention des ceux que aident les jeunes. Manille: Bureau Internationale du Travail. [https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—ed_emp/—ifp_skills/documents/publication/wcms_154479.pdf]

Diseño de un Manual de Servicios de Orientación Vocacional con un apartado específico para atender las necesidades de jóvenes. (2015). Ecuador: Oficina Internacional del Trabajo. [https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—ed_emp/—ed_emp_msu/documents/projectdocumentation/wcms_448447.pdf ]

EHRLICH, Irene; CASTRO, Fernando  e SOARES Dulce Helena. (2000). Orientação Profissional: liberdade e determinantes da escolha profissional. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis : EDUFSC, n.28, p.61-79, out. de 2000. [https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/viewFile/24001/21477  ]

ESTADO DE SÃO PAULO. (2008). Caminhos do Trabalho (conjunto de vídeos interativos).  São Paulo: Secretaria de Emprego e Trabalho do Estado de São Paulo.

FERRETTI, Celso. (1992). Uma Nova Proposta de Orientação Profissional. São Paulo: Cortez.

FERRETTI, Celso. (1976). A mulher e a escolha vocacional. Cadernos de Pesquisa, n. 16, 1976. São Paulo. [http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1787]

GALVAN, Estefania e SANCHEZ, Ana Belén. (2016). La Inserción Sociolaboral con jóvenes em situación de riesgo de exclusión social: papel del Educador Social. Revista de Educación Social. Número 23. TEMA: EXPERIENCIAS, INVESTIGACIONES. 26/7/2016. [http://www.eduso.net/res/23/articulo/la-insercion-sociolaboral-con-jo ]

Informe de Seguimiento de la EPT em el Mundo. Los Jóvenes y las Competencias: Trabajar com la Educación. (2012). Paris: UNESCO. [https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000218083]

INGOLD, Tim. (1999). Three in One: On Dissolving the Distinction Between Body, Mind and Culture. (Working Paper). University of Manchester. [http://lchc.ucsd.edu/mca/Paper/ingold/ingold2.htm ]

Jeune chômeur-euse? Mes droits. Un petit guide pratique. (s.d.). Berne: UNIA. [https://www.unia.ch/uploads/media/Brosch_Jugendarbeitslosigk_fr_web.pdf]

JACINTO, Claudia (Coord.). (2013). Incluir a los Jóvenes: Retos para la educación terciaria técnica em América Latina. Paris: IIPE-UNESCO.  [https://www.buenosaires.iiep.unesco.org/es/publicaciones/incluir-los-jovenes]

KIS, Viktória. (2016). Work-based Learning for Youth at Risk : Getting Employers on Board.OECD. [http://www.oecd.org/education/skills-beyond-school/Work-based_Learning_For_Youth_At_Risk-Getting_Employers_On_Board.pdf]

LISBOA, MD.(2008). Orientação vocacional/ocupacional: projeto profissional e compromisso com o eixo social. In ZANELLA, AV., et al., org. Psicologia e práticas sociais. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. [http://books.scielo.org/id/886qz/pdf/zanella-9788599662878-17.pdf]

LUCCHIARI, Dulce Helena (Org.). (2017). Pensando e Vivendo a Orientação Profissional. São Paulo: Summus Editorial.

MAURA, Viviana. (2004). La orientación profesional y Currículum Universitario. Barcelona: Laertes.

MAURA, Viviana. (2006). La formación de competências profesionales en la universidad. Reflexiones y experiencias desde una perspectiva educativa. Revista de Educación, 8 (2006). Universidad de Huelva. [https://core.ac.uk/download/pdf/41563302.pdf]

MAURA, Viviana. (2003). La Orientación Professional desde La perspectiva Historico Cultural Del Desarollo Humano. Revista Cubana de Psicología, Vol. 20, No. 3, 2003. [https://docplayer.es/12354902-La-orientacion-profesional-desde-la-perspectiva-historico-cultural-del-desarrollo-humano-dra-viviana-gonzalez-maura-cepes-universidad-de-la-habana.html ]

MAY, Brian (Chair). (2018). Experiential Learning  and Pathways to Employement for Canadian Youth. Ottawa: Canada House of Commons. [https://www.ourcommons.ca/Content/Committee/421/HUMA/Reports/RP10078738/humarp12/humarp12-e.pdf ]

MJELDE, Liv. (2016). Las propriedades mágicas de la formación em el taller. Montevideo: OIT/Cinterfor. [http://www.oitcinterfor.org/publicaciones/formacion_taller ]

MOORE, David. (1999). Toward a Theory of Wok-Based Learning. (Working Paper). Columbia Unversity.

POCHMAN, Marcio. (2004). Educação e trabalho: como desenvolver uma relação virtuosa? Educ. Soc. vol.25 no.87 Campinas May/Aug. 2004. [http://www.scielo.br/pdf/es/v25n87/21462.pdf ]

RIBEIRO, Marcel. (2011). Juventude e trabalho: construindo a carreira em situação de vulnerabilidade. Arq. bras. psicol. vol.63 no.spe Rio de Janeiro  2011. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672011000300007]

ROBERTSON, Peter. (2013). The well-being outcomes of career guidance. Br J Guid Counc. 2013 Jun; 41(3): 254–266. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3756630/]

RODRIGUES, Aline Hofmann e JCOBY, Alessandra Rodrigues. (2013). A importância da orientação profissional no processo de escolha para o mercado de trabalho. (documento de trabalho). Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT. [https://psicologia.faccat.br/blog/wp-content/uploads/2013/11/Aline.pdf ]

ROSE, Mike. (2016). Mentes Trabajando. Uma valoración de la inteligência del trabajador estadounidense. Montevideo: OIT/Cinterfor. [http://www.oitcinterfor.org/publicaciones/mentestrabajando_rose]

ROSE, Mike. (2015). De Volta à Escola: Porque Todos Merecem uma Segunda Chance na Educação. São Paulo: Editora SENAC.

SALVIA, Agustin. (2013). Juventudes, problemas de empleo y riesgos de exclusión social: El actual escenario de crisis internacional en Argentina. Friedrich-Ebert-StiftungDepartamento Política Global y DesarrolloHiroshimastraße 28 | 10785 Berlin. [[http://wadmin.uca.edu.ar/public/20180423/1524491373_Juventudes]

SPARTA, Monica. 2003), O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil. Rev. bras. orientac. prof v.4 n.1-2 São Paulo dez. 2003. [http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902003000100002 ]

SWEET, Richard. (2013). Work-Based Learning: Why? How? In  REVISITING GLOBAL TRENDS IN TVET: REFLECTIONS ON THEORY AND PRACTICE. Bonn: UNESCO-UNEVOC.[https://unevoc.unesco.org/fileadmin/up/2013_epub_revisiting_global_trends_in_tvet_chapter5.pdf ]

ZIMMER, Melanie J. e MORTIMER. (2006). Adolescent Work, Vocational Development and Education. Rev Educ Res. 2006 Dec; 76(4): 537–566. [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1832157/ ]

ZIMMERMANN, Klaus et alii. (2013). Youth Unemployment and Vocational Training. Bonn: NOW.[ http://ftp.iza.org/dp6890_final.pdf]

WICKERT, Luciana. (2006) Desemprego e Juventude: Jovens em Busca do Primeiro Emprego. Psicologia Ciência e Profissão, vol. 26, núm. 2, junio, 2006, pp. 258-269Conselho Federal de PsicologiaBrasília, Brasil. [https://www.redalyc.org/pdf/2820/282021740008.pdf ]

WENGER, Etienne. (1999). Communities of Practice: Learning, Meaning na Identity. Cambridge: Cambridge University Press.

WILLIS, Paul. (2017). Aprendiendo a Trabajar: Como los chicos de la clase obrera consiguen trabajos de classe obrera. Buenos Aires: Akal.

Referências em webpages

Há, em páginas web, um número muito grande de informações sobre assuntos relacionados com o curso, produzidas por agências internacionais, especialistas, instituições de educação profissional, emissoras de TV etc. Essas páginas podem ser apenas textuais, ou podem ser textos combinados com vídeos, ou vídeos. Elas podem ser uma fonte interessante sobre orientação laboral. Não é fácil, porém, selecionar as melhores páginas web sobre o assunto. Para tanto, é preciso fazer um paciente trabalho de garimpagem. Isso pode ser bastante demorado. E a tarefa, preferencialmente, deve ser um empreendimento de grupo.

Fiz uma seleção preliminar de webpáginas que podem ser interessantes para o curso. Elas, porém, ainda não foram devidamente avaliadas. São uma mostra do que pode ser encontrado na internet. Representam apenas um primeiro esforço no sentido de selecionar os melhores recursos da rede www que possam enriquecer um painel de informações para o curso. No que segue, indico as páginas selecionadas e comento brevemente cada uma delas.

  1. As dificuldades dos jovens no mercado de emprego de Portugal

https://pt.euronews.com/2015/03/10/as-dificuldades-dos-jovens-no-mercado-de-emprego-de-portugal

Comentário. Portugal é uma dos países que enfrenta uma das maiores taxas de desemprego dos jovens. A matéria, em vídeo e texto, apresenta uma reportagem sobre o assunto. Na parte final do vídeo, apresentam-se dados sobre a questão na Irlanda. Pode ser mais uma referência para comparar com nossos países na América latina.

  • Canadian Journal of Career Development

http://cjcdonline.ca/archives/

Comentário. A revista Canadian Journal of Career Development é uma publicação de acesso gratuito. Eu a selecionei porque prováveis interessados poderão percorrer os números da publicação e buscar matérias no campo do desenvolvimento profissional.

3.      Chômage des jeunes et stabilité sociopolitique au Cameroun de 1990 à nos jours

https://www.researchgate.net/publication/301502202_Chomage_des_jeunes_et_stabilite_sociopolitique_au_Cameroun_de_1990_a_nos_jours

Comentário. Texto de comunicação feita no Congresso Internacional Sobre Desemprego Juvenil na África. Dados e comentários se referem a um país, Camarões. Mas, a análise vale para outras partes do mundo, pois o problema é global.

  • Entrevista com Silvio Bock

http://www.nace.com.br/doc/entrevrj.pdf

Comentário. Silvio Bock é uma das referências em orientação vocacional no Brasil. Nessa entrevista ele esclarece diversos tópicos sobre a matéria, mostrando avanços na linha de uma orientação que leva em conta a abordagem sócio-histórica.

5.      Estratégia Clínica Rodolfo Bohoslavsky artigos e trabalhos de pesquisa

https://www.trabalhosfeitos.com/topicos/estrat%C3%A9gia-cl%C3%ADnica-rodolfo-bohoslavsky/0

Comentário. Coleção de resenhas, artigos e trabalhos escolares sobre a obra de Rodolfo Bohoslavsy.

6.      Giovani e lavoro: il futuro negato. Cosa possiamo fare

Autor: Angelo Romano

Comentário. A página traz um artigo que eu poderia relacionar nas referências convencionais. Mas, como a matéria está publicada em página web, preferi relaciona-la aqui. O autor comenta a situação dos jovens italianos no mercado de trabalho. São bastante interessantes os gráficos sobre taxas de ocupação por faixas de idade. Vale imaginar ou elaborar gráficos semelhantes para nossos países na América Latina.

  • Giovani e lavoro, prospettive per il 2019

Comentário. Artigo mostrando como está atualmente a situação de trabalho dos jovens italianos. Para o articulista é uma das piores da Europa. Vale comparar com a Espanha e a Grécia. Recorro ao exemplo italiano para mostrar que a questão do desemprego juvenil é universal, embora seja mais dramática nos países mais pobres.

8.      Guidance: supporting youth to manage their careers.

https://www.cedefop.europa.eu/et/toolkits/vet-toolkit-tackling-early-leaving/intervention-approaches/guidance-supporting-youth-manage-their-careers .  

Comentário. Recurso produzido pelo CEDEFOP (Centre Européen pour le Développement de la Formation Professionnelle). O material se destina a jovens, educadores e pais. Busca mostrar que a formação profissional pode ser um caminho interessante para os jovens. Da página web é possível acessar material informativo produzido em word, abordando diversos temas sobre orientação profissional para jovens.

  • Jeune chômeur-euse? Mês droits. (publicação de um sindicato suiço)

Comentário. O UNIA, sindicato suiço, tem uma publicação interessante para orientar os jovens sobre os problemas do desemprego. Este material está também listado nas referências bibliográficas. Vale ver o material para se ter uma visão a partir de interesses dos trabalhadores. Copio trecho em que a publicação define desemprego juvenil:

Le chômage des jeunes peut prendre différentes formes: pas d’emploi, pas de place d’apprentissage, pas de place de formation, pas d’emploi stable, pas d’emploi à plein temps, etc. Cette brochure permet de comprendre les grandes lignes de l’assurancechômage et de l’aide sociale. Elle décrit les démarches à entreprendre, elle explique ce qu’il faut faire et ce qu’il faut éviter, les droits et les devoirs des jeunes chômeurs et chômeuses.

  1. O jovem e o desemprego

 Comentário. Matéria especial do Jornal da TV Cultura, Fundação Padre Anchieta. Além de dados de reportagem, o vídeo apresenta as opiniões do economista Ladislaw Dowbor (professor da PUC) e do pesquisador Rafael Urbano. As informações dos dois convidados dão uma ideia de como anda o desemprego juvenil no Brasil. Há muita semelhança entre o que acontece no país e em outras partes da América Latina.

11.  Orientação vocacional – entrevista com o orientador Silvio Bock

Comentário. Entrevista com Silvio Bock. A conversa é encaminhada a partir de perguntas de alunos que estão tentando iniciar estudos na universidade. No geral, as respostas de Silvio Bock mostram necessidade de informação profissional em processos de escolha. Infelizmente a qualidade do vídeo não é muito boa.

  1. Plataforma de recursos da OIT, versão em espanhol.

https://www.ilo.org/global/topics/dw4sd/themes/lang–es/index.htm

Comentário. A Organização Internacional do Trabalho tem uma plataforma informativa sobre o trabalho, incluindo desemprego, questões de gênero, emprego juvenil. Da plataforma é possível navegar para os temas de interesse de quem busca informação sobre trabalho e educação.  Percorri inicialmente a plataforma em francês e inglês. Depois percebi que a mesma tem uma versão para o espanhol. Isso pode facilitar utilização do recurso em nossos estudos.

  1. Plataform de Resources: Emploi des Jeunes. https://www.ilo.org/global/topics/dw4sd/themes/youth-employment/lang–fr/index.htm

Comentário. A página é uma seção da Plataforma de Recursos da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O conteúdo examina a questão do grande desemprego dos jovens e remete a vários recursos produzidos no âmbito da OIT sobre políticas públicas, sugestões e estudos que podem ser interessantes para compor painéis de como encaminhar a orientação laboral, sobretudo para as camadas menos privilegiadas da população.

  1. Proportion des jeunes qui ne sont ni en emploi, ni étudiants ni en formation (taux de jeunes NEET)

Comentário. Essa página da OIT comenta a questão dos jovens que nem trabalham, nem estudam (jovens nem-nem, em português; jóvenes ni-ni, em espanhol). A matéria discute como as estatísticas são elaboradas e qual é a dimensão do fenômeno nem-nem no universo do trabalho. O tema certamente é importante em orientação laboral, pois o número de jovens que nem trabalham nem estudam é muito grande no mundo todo. E esses jovens são uma clientela bastante específica para ações de orientação laboral.

  1. Revista Brasileira de Orientação Profissional

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1679-339020180001&lng=pt&nrm=iso

Comentário. Selecionei o site da Revista Brasileira de Orientação Profissional porque a publicação é de acesso livre e pode ser uma fonte interessante para pesquisar textos sobre a matéria. Me parece que a linha da publicação está mais voltada para uma orientação profissional que tem por objetivo assistir jovens que estão às vésperas de ingresso nas universidades.  Mesmo assim, vale percorrer números da revista para verificar se há matérias mais próximas de orientação laboral,

16.  Solving global youth unemployment

Comentário. O vídeo é uma das produções do hoje bastante popular TED (Technology, Entertainment, and Design). Copio o texto que aparece no Youtube sobre a fala da confenrencista:

Mona Mourshed has led engagements across the world in Asia, Europe, South America, the Middle East, and the United States, supporting school systems and vocational higher-education institutions to improve students’ skills, their chances of finding jobs, and their day-to-day lives. Her most recent work, focused on youth unemployment, is unlocking the global conundrum of high levels of joblessness among young people and a shortage of job seekers with critical skills. In order to tackle this looming global issue, Mona has assisted in the design, implementation, and reforming of strategies to improve student outcomes in schools; one program nearly doubling literacy rates to 86 percent at the primary-school level in four years.

Minha impressão é de que Mona Mourshed sugere que o desemprego pode ser superado por meio de educação. Esse é um ponto de vista que precisa ser mais discutido. De qualquer forma, a fala de Mona é uma referência interessante de opinião sobre a relação entre educação, juventude e desemprego.

  1. Tackling Youth Unemployment: Bridging the Skills Acquisition Gap

Comentário. Esse é um material promocional da ARC, organização que promove formação profissional técnica em articulação com o setor privado, governos e ONGs. Aparentemente coloca a culpa do desemprego na ausência de educação dos desempregados. Essa é uma interpretação que merece críticas. Mas, vale ver o material para verificar como um dos entendimentos sobre educação profissional é proposto e desenvolvido.

  1. Un jeune sur quatre au chômage? 

https://www.lumni.fr/video/un-jeune-sur-quatre-au-chomage

Comentário. Vídeo bastante didático sobre o desemprego juvenil. Serve de ilustração para conversas sobre formação profissional, mercado de trabalho e dificuldades dos jovens para conseguirem emprego.

  1. Vocational Training in Kyrgyzstan

Comentário. Reportagem sobre formação profissional no Quirziquistão. Selecionei esse vídeo como uma curiosidade. Mas, a matéria contém informações interessantes sobre formação profissional.

  • Youth Unemployent: Skills Development and Training

https://www.ilo.org/youthmakingithappen/Topics/01.html

Comentário. Página que apresenta exemplos de diversos países no encaminhamento sobre emprego e formação de jovens. Essas informações são apresentadas sinteticamente num quadro que resume direções dos projetos.

  • Resumos de obras sobre orientação profissional

https://www.studocu.com/en/document/pontificia-universidad-catolica-argentina/orientacion-vocacional/summaries/resumen-final-orientacion-vocacional/2813956/view

Comentário. Material elaborado por aluno de curso sobre Orientação Profissional na PUC Argentina. Os textos trazem resumos de alguns trechos de bibliografia sobre a matéria.

  • Aula de Rodolfo Bohoslavsky no Brasil

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4393835/mod_resource/content/1/18set.%20Bohoslavksy%20%282001%29.%20Primeira%20aula%20do%20curso%20sobre%20orienta%C3%A7%C3%A3o%20vocacional.pdfComentário. O psicólogo e educador argentino. Rodolfo Bohoslavsky, autor de Orientación Profesional – La Estatégia Clínica, trabalhou no Brasil. Esse material registra uma das aulas de Bohoslasvsky na Universidade de São

Publicidade

Aprendizagem das palavras

dezembro 23, 2022

George Miller observa que, para grande parte da população, a façanha intelectual mais importante foi a aprendizagem da linguagem. De certa forma, ainda é um mistério como aprendemos as palavras e as usamos de modo significativo. E tudo isso acontece sem ensino. Boa parte do nosso vocabulário não foi aprendido em salas de aula, mas em eventos do dia a dia. Hoje me prometi que iria retomar um artigo de George Miller na Scientific American sobre desenvolvimento da linguagem. Antes de fazer isso, fui ao Google para ver o que vem sendo publicado sobre o tema ultimamente. Achei um artigo que vale registrar:

What does it take to learn a word?

Deixo aqui a referência para quem se interessar e para mim mesmo quando quiser ler sobre o tema.

Memória em Umberto Eco

dezembro 8, 2022

Eco fez comentários que vale registrar sobre memória. Mais que isso, ele escreveu um romance em que o fio do drama são as aventuras vividas por um intelectual que perdeu a memória.

O grande pensador italiano lamenta a desimportância que se dá à memória nestes tempos em que (presume-se) tudo pode ser lembrado pelo Google. De certa forma, com as novas tecnologias, os seres humanos estão perdendo memória. Isso é uma tragédia. Perda de memória resulta em perda de muitos significados importantes para o viver. Eco sintetiza tal desdobramento numa frase de Santo Agostinho: “sem memória não há alma”.

Vale ver um vídeo curto (4 minutos) em que Umberto Eco conversa sobre memória, pontuando alguns aspectos muito importantes que são ignorados quando se entende memória como cópia do experimentado. Não funcionamos assim. Nossas memórias são construções. Da literatura sobre o assunto, vale considerar o clássico Remembering, de F. C. Bartlett.

BARTLETT, F. C. Remembering: A study in experimental and social psychology. New York: Cambridge University Press, 1932, 1995.

Há um trecho do livro de Bartlett que merece registro aqui:

All people who have at any time concerned with the nature and validity of everyday observation must have noticed that a great amount of what goes under the name of perception is, in the wide sense of the term, recall. Some scene is presented for observation, and a little of it is actually perceived. But the observer reports much more than this. He fills up the gaps of his perception by the aid of what he has experienced before in similar situation. He may do this without being in the least aware that he is either supplementing or falsifying the data of perception. Yet, in almost all cases, he is certainly doing the first, and in many instances he is demonstrably doing the second. (p. 14)

Volto ao Eco e copio aqui o vídeo em que ele fala de memória.

Na literatura científica, sempre tive dificuldade para entender o que é memória semântica e o que é memória episódica. Eco mata o bicho com imensa clareza em seu romance A Misteriosa Chama da Rainha Luana.

ECO. U. A Misteriosa Chama da Rainha Luana. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2005

Embora seja um trecho muito longo, copio o que Eco diz sobre o assunto numa página de seu romance.

Veja, o senhor logo identificou o tubo de dentifrício, mas não se lembra de que é casado – e de fato lembrar o dia do próprio matrimônio e identificar pasta de dentifrício dependem de duas redes cerebrais diversas. Temos diversos tipos de memória. Uma se chama implícita e nos permite executar sem esforço uma série de coisas que aprendemos, como escovar os dentes, ligar o rádio e dar um nó na gravata. Depois da experiência dos dentes estou pronto para apostar que o senhor sabe escrever, talvez até dirigir. Quando a memória implícita nos ajuda, não temos nem consciência de que recordamos, agimos automaticamente. Depois tem a memória explícita, com a qual recordamos e sabemos que estamos recordando. Mas essa memória explícita é dupla. Uma é aquela que a tendência agora é de chamar de memória semântica, uma memória coletiva, aquela através da qual se sabe que uma andorinha é um pássaro e que os pássaros voam e têm penas, que Napoleão morreu quando… quando o senhor falou. E esta me parece que que a do senhor está em ordem, por Deus! talvez até demais, pois basta que lhe dê um input e já começa a a conectar lembranças que eu definiria como escolásticas ou a usar frases feitas.Mas essa é a primeira que se forma, , mesmo na criança, a criança aprende rapidamente e reconhecer uma máquina, ou um cão, e a formar esquemas gerais , portanto viu um pastor alemão uma vez e lhe disseram que é um cachorro, ela dirá cachorro mesmo quando ver um labrador. Mas por outro lado, a criança leva mais tempo para elaborar o segundo tipo de memória explícita, que chamamos de episódica ou de autobiográfica, Não é capaz, por exemplo, de recordar de imediato vendo um cachorro, de que no mês anterior esteve no jardim da avó e viu o cão e que foi ela própria que viveu as duas experiências. É a memória episódica que estabelece um nexo entre o que somos hoje e o que fomos, senão, quando disséssemos eu, estaríamos nos referindo apenas àquilo que sentimos agora, não o que sentíamos antes, que se perderia justamente na névoa. O senhor não perdeu a memória semântica mas a episódica, quer dizer, os episódios de sua vida. Em suma, diria que sabe tudo que os outros sabem. (p.18)

O que escrevi e citei, acho eu, já é suficiente para se ter uma ideia geral de como Eco vê a memória, essa capacidade tão malhada pela Escola Nova e pelos educadores que vieram depois dela.

Outro álbum de Claude Leveillee

dezembro 5, 2022

Mais uma das antigas gravações do grande cantor e compositor canadense.

Claude Leveillee

dezembro 3, 2022

Recuperei uma velha memória musical, graças fiapos de lembrança e ajuda do Google. Os fiapos de lembrança eram parte da letra que dizia “je veux ceinturer madame la Terre…”. Eu não sabia se era isso mesmo, pois meu francês não é lá estas coisas. Mas, estava certo. Minha lembrança se deve ao que eu ouvia na sala de música no seminário dos Sionistas do Ipiranga em 1967. Os padres de lá tinham laços com o Canadá, mais especificamente com o Quebec. Entre estes laços estava um álbum de Claude Leveillee.

Recuperei minha lembrança e posso, de novo, ouvir o dito álbum. Ele por ser encontrado no Youtube.

Roteiro de apresentação: oficinas e docência

novembro 24, 2022

https://show.zohopublic.com/publish/3rssq0e0a0c82f7074e1c8a13203374d0ed42

A tecnologia educacional avançou?

novembro 10, 2022

Na foto aparecem velhos participantes de uma associação de tecnologia educacional, inaugurada em 1982 e sediada em San Diego, CA. Esses educadores agitaram muito o uso de computadores em educação, na secretaria de educação do condado, na San Diego State University. Meu professor de Computer Education, Al Rogers, foi um desses agitadores. Outro foi meu velho amigo Bernie Dodge. Em 82 eu estava no mestrado de tecnologia educacional da SDSU e pude acompanhar de perto esses lustres educadores.

Nestes quarenta anos houve avanço significativo do uso de computadores em educação? Parece que não. Houve mudanças de ênfase, mas no passado houve soluções, hoje abandonadas, que prometiam mudanças significativas em educação. O que foi criado nos últimos anos não tem o mesmo apelo do que havia np passado.

A foto que mostro aqui apareceu no Facebook do Bernie com o seguinte post:

Great conversation at the monthly gathering of SDCUE pioneers. Computers and teaching were very different in 1982 when we all first met. Figuring out how to make a modem work was much more fun than just plugging in your Chromebook.

E os comentários de alguns dos velhos educadores que mencionei foram os que seguem:

Inteligência das mão

novembro 9, 2022

Frank R. Wilson, em The Hand: How its use shapes the brain, language, and human culture, tem um capítulo dedicado aos mestres de teatros de marionetes. Os bonecos que se movimentam magicamente ilustram a inteligência das mãos. Um pouco do que Wilson examina em tal capítulo pode ser visto num vídeo que acabo de encontrar. Em post futuro vou comentar o que diz Wilson e o que é mostrado no vídeo. Por agora fico apenas com a indicação do vídeo.

Blogs sobrevivem

novembro 7, 2022

Já comentei aqui a possível morte dos blogs. Comentei também, anos atrás, que havia um imenso cemitério de blogs, abandonados por seus autores mas ainda encontráveis na web. Para considerar a questão, convém dar uma olhada numa matéria cujo título é Why We Should Start a Blog.

Microconto

outubro 18, 2022

A queda de energia aconteceu num momento inapropriado. O vibrador estava chegando ao orgasmo.