Archive for janeiro \30\+00:00 2018

WebQuest Exemplar

janeiro 30, 2018

Nos anos iniciais do uso de WebQuest apareceram trabalhos muito criativos. Um deles, recomendado por Bernie Dodge, abordava a questão da reintrodução dos lobos em Yellowstone. A WebQuest recomenda por meu amigo da San Diego State University propunha que um grupo com diferentes especialistas, um criador de ovelhas, um ecologista, um político e um biólogo produzissem um documento de consenso sobre permanência ou retirada dos lobos do famoso parque americano. Não consegui encontrar essa velha WebQuest. Mas o tema mereceu muitas outras. Uma delas, de 1999, pode ser vista aqui.

Os lobos, reintroduzidos em Yellowstone foram motivo de controvérsia porque eventualmente matavam ovelhas de ranchos vizinhos. Os fazendeiros queriam caça-los e até elimina-los. Outros grupos defendiam os animais. No frigir dos ovos, a melhor solução seria uma de consenso. Esse tema da vida real era um bom ponto de partida para estudos de várias temáticas interessantes em ciências biológicas e humanas. E muitos professores/autores fizeram isso em WebQuests.

Lembrei-me da WebQuest que Bernie utilizava como bom exemplo e de outras WebQuests sobre reintrodução de animais selvagens num habitat do qual haviam desaparecido porque vi um vídeo recente sobre os lobos de Yellowstone no Facebook. O vídeo conta uma história muito bonita de como a volta dos animais para aquele lugar trouxe inúmeros resultados positivos. Acho que com ou sem WebQuests, os lobos de Yellowstone são um bom tema para conversas sobre ecologia.

 

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Brincar e Aprender

janeiro 30, 2018

Acabo de encontrar vídeo no Facebook que ilustra o tema da importância do brincar para a vida, para a aprendizagem, para o prazer de experimentar o mundo criativamente. Um elefante brinca de escorregar e parece ter grande prazer na brincadeira.

Já publiquei aqui tradução de um ótimo texto sobre jogo e epistemologia. Em alguns trechos, o autor ressalta caso em que os animais brincam. Copio alguns desses trechos:

Quarenta anos atrás ouvi Sir Julian Huxley descrever uma cena, observada por ele na Islândia, em que patos escorregavam pela corrente de água desde uma rampa de areia formada pela maré e voltavam ao topo para escorregar de novo. Papagaios, periquitos e canários gostam de tocar pequenos sinos de brinquedo. Certos pássaros colocam pequenas tiras de papéis coloridos entre suas penas, como se enfeitando. Já observei andorinhas saindo de suas torres para o pátio de um palácio na Lombardia, voando numa formação parecida com uma versão acrobática da brincadeira “siga o chefe”. Já vi também uma gaivota manca que parecia divertir-se com um jogo de desatar cordões de sapatos. Porém o canto e os rituais de  cortejo dos pássaros, visto com ingênuo antropomorfismo por Huizinga como jogos, são encarados hoje pelos biólogos como produtos mortalmente sérios da evolução na seleção sexual. Por isto não sei se os pássaros jogam (ou brincam).

Talvez a mesma coisa ocorra com certas brincadeiras (ou jogos) observados entre os mamíferos. Mas eu acho, com um alto grau de certeza, considerada qualquer definição aceitável de jogo, que alguns mamíferos jogam (e brincam). Certamente os mamíferos parecem divertir-se com as coisas. Durante uma seca no Quênia, vi elefantes indo para um poço no começo da manhã, sozinhos ou em grupos de dois a seis, cobertos de poeira e alinhados em disciplinadas filas indianas sob a liderança de um animal mais velho. Quando chegavam ao poço superconcorrido, começavam a chapinar na água, a jogar jatos d’água uns nos outros, a rolar na lama, a enrolar suas trombas com as de seus amigos e parentes, como garotos levados numa praia. Cavalos e cães quando soltos, após reclusão em um lugar fechado, costumam correr em grandes círculos. Um texto clássico de ecologia descreve hipopótamos “brincando na água com sentimento de pura diversão”.

Todo esse brincar é de certa forma um reinventar do mundo. Embora não pareça, é um modo de aprender e de experimentar novos modos de ser, de ver, de se ver-no-mundo.

Há muitos anos, nossa equipe do PIE (Program de Informática e Educação) gostava de dizer que a gente precisava brincar com a os temas dos softwares que estávamos desenvolvendo. E a gente brincava muito. Lembro-me disso porque uma acadêmica mal humorada criticou esse nosso comportamento, estranhando que a gente bicasse com coisas tão sérias.

 

 

Escrita e tecnologia

janeiro 28, 2018

Para facilitar aprendizagem da escrita foram criados vários instrumentos. Um deles era um painel de cera no qual o estudante podia escrever com um estilete. O painel tinha duração ilimitada e era também usado em rascunhos de escritores profissionais. Faço esses comentários lembrando-me de descrições feitas por Dom Paulo Evaristo Arns em seu magnífico livro A Técnica do Livro Segundo São Jerônimo. Para quem quiser mais saber sobre a obra de Dom Paulo, sugiro olhada em resenha que escrevi sobre a mesma tempos atrás.

Este é um post rápido no qual associo duas coisas que me fascinam, a arquitetura escolar em suas relações com os significados que se dão à educação, os apoios utilizados pelos alunos na aprendizagem da escrita. Para conversas sobre arquitetura e educação, acho que esta foto é um ponto de partida interessante. Para conversas sobre aprendizagem da escrita, acho que essa lousa individual, avó distante do laptop, é um instrumento que merece exame.

 

laptop

Boteco estoniano

janeiro 27, 2018

Quando inaugurei este Boteco, minha amiga Ana Scatena enviou esclarecimento quanto à origem da palavra. Boteco vem de apotheke, termo grego que designava armazéns do porto do Pireu. Apotheke virou bodega, virou boteco, virou botequim. Em muitos idiomas, apotheke é farmácia. Na foto que trago para cá, feita por uma amiga de Facebook, pode-se ver claramente como ficou apotheke no idioma da Estônia: apteek. E, pelo símbolo que acompanha a palavra, fica fácil deduzir que se trata de uma farmácia.

 

boteco 3

Gelo!

janeiro 23, 2018

Vi essa imagem no Face da minha ciberamiga Chris Boese. É foto de uma estrada no Alaska neste mês de janeiro de 2018. Para mim, viajar por uma estrada assim é assustador. Foto e assunto nada têm a ver com educação ou tecnologia. Mas, eu a trouxe para cá, pois neste Boteco sempre há uma boa hora de recreio. E sem recreio não há boas aprendizagens.

 

gelo

Leitura e sentido

janeiro 22, 2018

 

Ao ler, construimos sentido. Esse um dos aspectos marcantes da semântica. O sentido não está dado, ele é elaborado a partir de informações disponíveis e dos esquemas que elaboramos previamente para ler o mundo. Essa incrível capacidade de criar sentido pode ser verificada num experimento muito popular, o de misturar as letras intermediárias das palavras num texto. Quem sabe ler e tem bom domínio do idioma em que o texto está escrito, entende sem problemas coisas aparentemente estranhas como o escrito que aparece em figura deste post. Se você tem domínio razoável do inglês não enfrentará qualquer problema para ler e entender o que está escrito. Boa leitura.

 

txteo

Tecnologia e Gente

janeiro 13, 2018

tecnologia

Sempre conto história de uma frase da Doutora Allison Rossett, grande nome da tecnologia educacional, irritada com a fala de um reitor de universidade brasileira que falava sem parar sobre os maravilhosos equipamentos que ele havia comprado para a TV Educativa da sua instituição. No evento eu atuava como intérprete ad hoc. E a Allison não se aguentando, disparou””Jarbas, dia a este senhor que tecnologia é uma questão de cabeça, não de máquinas e equipamentos”.

A figura que trouxe para cá ilustra bem o que minha amiga da San Diego State University tentou ensinar ao reitor. Há outros paralelos que podemos traçar aqui. Um deles é uma observação de Alan Kay: “a música está em gente capaz de criança-la, não no piano”. Mas, acho essa observação do fotógrafo mais expressiva ainda: a arte do cozinheiro não está no fogão…

Valor do Trabalho

janeiro 13, 2018

 

Gostaria de escrever um texto denso sobre o assunto. Mas, no momento, estou ocupado com outras coisas e tenho pouco tempo para postar aqui no Boteco. De qualquer forma, trago pra cá este vídeo expressivo. E ele me emocionou logo no começo, quando o ator fala sobre o saber do pedreiro. Meu pai era pedreiro.

Discurso de paraninfo

janeiro 6, 2018

Trabalho é arte

janeiro 6, 2018