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Corte, cole e mude um pouquinho

março 22, 2013

Recentemente li um trabalho acadêmico sobre WebQuests. Numa parte do trabalho, a autora cita trecho de um artigo que descreve as vantagens educacionais das WebQuests. Tal artigo é assinado por dois respeitáveis nomes da Academia. Achei que o texto citado tinha muito a ver com um estilo que conheço bem, o meu estilo, embora, contrariando uma decisão que tomei em traduções e comentários sobre o modelo criado por Bernie Dodge, os tais acadêmicos usam o masculino em vez do feminino para designar WebQuests. Esclareço que tive uma conversa com Bernie Dodge sobre que artigo usar antes de WebQuest. Decidimos que um a seria mellhor que um o. Bernie se encantou-se com a ideia de que sua criação fosse feminina nos idiomas latinos (em espanhol, as WebQuests também são femininas).

Não vou revelar o nome dos copiadores. Mas, vou registrar aqui o trecho copiado. Os autores, escrevem o que segue como se fosse da lavra deles:

Garantir acesso a informações autênticas e atualizadas

– conteúdos publicados na Internet em outros recursos tecnológicos, refletem saberes e informações recentes. Além disso, são produtos autênticos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas.

Romper as fronteiras da aula

– ajuda o aluno a entender que a escola vai mais além do que asquatro paredes na qual assiste uma aula num determinado horário, que o que aprende dentro dasala de aula o ajuda a entender o mundo, que toda a informação que recebe por diversos meios ao longo do dia formam um conjunto de saberes e conhecimentos que explicam outras realidades e abrem novos e fascinantes caminhos.

 Promover aprendizagem cooperativa

 – os Webquests estão fundados na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros, não individualisticamente. Aprendizagens mais significativas são resultados de atos de cooperação.

 Desenvolver habilidades cognitivas

– o modo de organizar Tarefa e Processo numa Webquest pode oferecer oportunidades concretas para o desenvolvimento de habilidades do conhecer que favorecem o aprender a aprender.

 Transformar ativamente informações (em vez de apenas reproduzí-las)

– o importante é acessar, entender e transformar as informações existentes, tendo em vista uma necessidade, problema ou meta significativa.

Incentivar criatividade

– se bem concebida, a Tarefa planejada para uma Webquest engaja os

alunos em investigações que favorecem criatividade

Favorecer o trabalho de autoria dos professores

– Webquests devem ser produtos de professores e alunos, oferecendo oportunidades concretas para que os professores se vejam e atuem como autores de sua obra.

Favorecer o compartilhar de saberes pedagógicos concebidos como publicações típicas do espaço Web (abertas, de acesso livre, gratuitas etc.),

– os Webquests constituem uma forma interessante de cooperação e intercâmbio docente

Bonito, não? Acontece que boa parte disso foi escrito por mim e publicado no site sobre WebQuest que Carlos Seabra e eu organizamos na Escola do Fururo da USP. Lá, em Objetivos Educacionais, lê-se o seguinte:

Objetivos educacionais
O modelo criado por Bernie Dodge pode ajudar educadores a alcançarem, entre outros, os seguintes objetivos:Modernizar modos de fazer educação

As WQ’s fornecem direções bastante concretas para tornar possível e efetivo o uso da Internet. E isso, na forma e na essência, é uma maneira de praticar uma educação sintonizada com nosso tempo.

Garantir acesso a informações autênticas e atualizadas

Conteúdos publicados na Internet, sobretudo os produzidos profissionalmente, refletem saberes e informações recentes. Além disso, são produtos autênticos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas.

Vale observar que a característica de autenticidade lembra um traço da Pedagogia Freinet que desaconselha o uso de livros didáticos, uma vez que estes são elaborados exclusivamente para fins escolares. Manuais didáticos estão, geralmente, muito distantes das publicações científicas. Além disso, na vida, as informações não são tratadas para (supostamente) facilitar aprendizagens. Se quisermos que nossos alunos usem fontes autênticas, é preciso colocá-los em contato com elas desde o início.

Promover aprendizagem cooperativa

As WQ’s estão fundadas na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros, não individualisticamente. Aprendizagens mais significativas são resultados de atos de cooperação.

Desenvolver habilidades cognitivas

O modo de organizar Tarefa e Processo numa WebQuest pode oferecer oportunidades concretas para o desenvolvimento de habilidades do conhecer que favorecem o aprender a aprender.

Transformar ativamente informações (em vez de apenas reproduzi-las)

Na educação tradicional, parece que a preocupação central é armazenar e reproduzir “matéria”. Na perspectiva sugerida por Dodge, o importante é acessar, entender e transformar as informações existentes, tendo em vista uma necessidade, problema ou meta significativa.

Incentivar criatividade

Se bem concebida, a Tarefa planejada para uma WebQuest engaja os alunos em investigações que favorecem criatividade.

Favorecer o trabalho de autoria dos professores

WebQuests devem ser produtos de professores, não de especialistas ou técnicos. Essa marca da abordagem metodológica criada por Bernie Dodge tem como meta oferecer oportunidades concretas para que os professores se vejam e atuem como autores de sua obra.

Favorecer o compartilhar de saberes pedagógicos

Concebidas como publicações típicas do espaço Web (abertas, de acesso livre, gratuitas etc.), as WebQuests são uma forma interessante de cooperação e intercâmbio docente.

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Les Stentors, ótimo conjunto vocal

março 13, 2013

Hoje no recreio descobri um ótimo conjunto vocal francês, Les Stentors. Compartilho a descoberta com os amigos.

O Poder de Aprendizagem das WebQuests

março 5, 2013

As Webquests têm duas referências indispensáveis, Bernie Dodge, inventor do modelo, e Tom March, autor de exemplos clássicos da genial forma de organização de informações para usos inteligentes de recursos do webespaço. Um e outro não são acadêmicos tradicionaios. Pouco escrevem “sobre”. Preferem produzir indicações de como elaborar webquests criativas e bem feitas. Esse modo de trabalhar traz grandes embaraços para quem procura fazer investigações sobre o modelo criado por Dodge nos moldes de trabalhos acadêmicos. Além disso, orientadores de dissertações e membros de bancas em investigações que têm webquests como objeto sentem desconforto por acasião de qualificações e defesas, pois até hoje não há referências “teóricas sólidas”” (ou tradicionais, na minha opinião) para conversas sobre um dos modelos melhor sucedido de proposta de uso da internet para fins educacionais.

Há, porém, alguns artigos fundamentais sobre o modelo criado por Bernie Dodge. Um deles foi escrito por Tom March e deveria ser literatura obrigatória em qualquer estudo sobre WebQuest. Para interessados, segue link para o texto do Tom:

Beleza de Paulinho da Viola

março 3, 2013

Estou no recreio. Ouço Paulinho da Viola. Beleza. Elegância. Tudo no tempo giusto.

Microcontos em Poucas Letras

março 1, 2013

Faz algum tempo que exercito criatividade escrevendo microcontos para publicação no Facebook. É divertido. Desafiador. Prazeroso. Meus microcontos, quase que diários, sempre recebem feedbacks favoráveis dos face-amigos. Muitos deles me pediram para publicar minhas contidas histórias em espaço onde fosse fácil encontrá-las, uma vez que no Face, posts velhos vão para um porão onde quase tudo se perde.

Interessados em ler meus microcontos no novo blog podem clicar no link que segue: