Recebi hoje de amigos mensagem sobre a indicação partidária de Tiririca para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Meus amigos parecem indignados. Indignação parece também ser o tom dos comentários que acompanharam o registro da indicação do PR no noticiário das grandes redes de TV agora à noite.
Acho estranha a indignação de educadores e gente metida a intelectual nessa crítica à escolha do PR para que seu deputado mais votado, Tiririca, ocupe assento de titular na Comissão de Educação e Cultura. Afinal de contas, essa mesma gente defende há muito tempo a idéia de que a educação deve ser divertida. Agora que um especialista em diversão pode colaborar para que a escola se converta num bom circo, essa mesma gente se enche de brios e acha que é ofensiva a presença de um palhaço no seleto grupo de deputados que olhará com mais atenção para as coisas da educação e da cultura em nosso país. Coerência, gente! Quem acha que a educação deve ser divertida precisa aplaudir a medida.
Steen Larsen contou-me uma história interessante. Quando ele tinha quatro ou cinco anos, o diretor de sua pré-escola levou pequenos grupos de alunos para ver uma maravilha tecnológica . Na sala de diretoria fora instaladdo um telefone que não dependia de auxílio da telefonista. Começava uma era de comunicação sem intermediação. O entusiasmo do diretor era contagiante.
O episódio narrado pelo Steen deve ter acontecido há uns sessenta e dois anos. De lá para cá, muita água rolou no campo da telefonia. Mas, não é isso que importa. O que importa, como observava meu amigo dinamarquês na continuidade da conversa, é registrar o deslumbramento que costuma acompanhar a introdução de maravilhas tecnológicas em nosso mundo. Para Steen, deslumbramento no caso é algo descabido. Valoriza-se em demasia o novo, atribuindo-lhe virtudes muito superiores às que ele de fato possui. Além disso, o deslumbramento é acompanhado por um sentimento de que o novo equipamento exigirá aprendizagem sistemática de certos saberes operacionais.
Pode-se explorar diversas possibilidades de reflexão a partir do caso contado pelo Steen. Convido o leitor a pensar no assunto. E, para complementar o quadro, acho que convém dar uma olhada num vídeo de “treinamento” de uso da tecnologia que tanto entusiasmou o diretor da escolinha frequentada por meu amigo das lonjuras nórdicas. Recebi indicação do dito vídeo hoje por meio de e-mail enviado outro amigo, o Carlos Seabra.
Preocupa-me o entusiasmo deslumbrado de alguns educadores por certas ferramentas digitais que podem ajudar docentes e alunos a produzirem pequenas peças de comunicação. Há exemplos a vontade. Um dos meus preferidos é o Pilot, um aplicativo (na verdade, uma metalinguagem) que, nos anos 80, facilitava a produção de conteúdos num ambiente gráfico que combinava texto, imagem e movimento. Há o Scractch que facilita a produção e publicação de histórias ilustradas e movimentadas. Há…, deixa pra lá, não vou pertubar o leitor com uma relação extensa de ferramentas digitais.
Do Pilot quase ninguém se lembra (conheço apenas uma pessoa que dele se recorda, o Eduardo Chaves). Gente que o utilizava chegou a pensar que o dito cujo iria provocar uma revolução na educação. Mas, o tal se foi, sem deixar grandes saudades, e figura hoje no grande arquivo de memórias de pequenas invenções inteiramente esquecidas e dispensáveis. O Scratch segue o mesmo roteiro. Duvido que alguém dele vá se lembrar daqui uns quinze anos; e olhem que estou sendo muito generoso neste meu cálculo.
Nada tenho contra aplicativos (ou metalinguagens) como o Pilot ou o Scratch e até os acho interessantes. Minha preocupação nada tem a ver com uso. Tem a ver com interpretações de que essas ferramentas transitórias são tecnologias revolucionárias, capazes de mudar profundamente a educação. Minha preocupação tem a ver com a compreensão de quais são os impactos significativos das tecnologias na história humana, virtude que o Pilot, o Scratch e outros aplicativos não têm.
Acho que um modo de superar entusiasmos equivocados dos educadores frente a instrumentos “da hora” é o estudo da história da tecnologia. Tal estudo costuma mostrar que as tecnologias precisam ser vistas em cortes de longo prazo. Com isso, não se fica deslumbrado com detalhes. O que importam são os grandes cenários. Um exemplo: relógios mecânicos. Essas máquinas de registro do tempo surgiram no final da Idade Média e começos do Renascimento. Foram continuamente aperfeiçoadas. Mas, seus efeitos sobre a sociedade não dependeram de progressivos aperfeiçoamentos. Dependeram dos dos efeitos de controle social que a máquina do tempo trouxe para permitir coordenação de ações simultâneas de milhares de pessoas. O velho relógio mecânico permitiu, por exemplo, que todas as fábricas começassem turnos de trabalho com absoluta precisão; permitiu ainda que o controle de tempos e movimentos dos trabalhadores pudesse ser feito “cientificamente”. Não é por acaso que a figura dominante nos créditos iniciais de Tempos Modernos seja um imenso relógio. Se você ainda não reparou nisso, segue aqui o VT das cenas iniciais do filme do grande Charles Chaplin.
O autor pra se ler em estudos da história da tecnologia é Lewis Mumford. Em Technics and Civilization ele faz uma análise preciosa dos impactos do relógio na vida humana. Copio aqui um pequeno trecho para que o leitor possa saborear o tempero de Mumford:
O relógio, acima de tudo, é uma peça do poder da máquina cujos produtos são segundos e minutos; por sua natureza essencial ele dissocia o tempo dos eventos humanos e ajuda a criar a crença num mundo independente das sequências matematicamente mensuráveis, o mundo especial das ciências. (p.15)
Convém reparar que aperfeiçoamentos posteriores do relógio nada mudaram em termos essenciais. A natureza de um tempo abstrato, independente dos astros, das estações, dos ritmos biólogicos permaneceu inalterada com o advento de máquinas do tempo atômicas, digitais etc. Vistos em perspectiva de longo prazo, velhos relógios do século XIV ou modernos cronômetros de hoje são basicamente a mesma máquina.
Há muitas outras tecnologias que precisam ser vistas de modo parecido com a visão do relógio descortinada por Mumford. Convido o leitor a pensar sobre um meio de transporte que anda meio escanteado, o trem. E, como forma de introdução ao assunto, sugiro um momento musical: O Trezinho Caipira, de Villa Lobos.
Muita gente gravou essa peça do nosso grande músico com a seguinte letra:
Lá vai o trem com o menino Lá vai a vida a rodar Lá vai ciranda e destino Cidade e noite a girar Lá vai o trem sem destino Pro dia novo encontrar Correndo vai pela terra Vai pela serra Vai pelo mar Cantando pela serra o luar Correndo entre as estrelas a voar No ar, no ar…
Os versos criados para o Trenzinho Caipira são românticos, ingênuos. Passam uma visão saudosista do trem. Mas, esse meio de transporte é uma das mais revolucionárias invenções da história recente. E mais, ele está voltando com enorme força. Não vou me estender em conversas sobre trens e modernidade, até porque o grande historiador Tony Judt fez isso num ensaio recente, publicado em janeiro deste ano pelo New York Review of Books. Achei que as observações de Judt tem muito a ver com visões de longo prazo dos fenômenos tecnológicos. Por isso, traduzi parte do seu ensaio e encaminhei o texto para publicação no blog de uma amigo meu, o Trens da Vida. Leitores interessados poderão ler o escrito de Judt com um clique aqui.
O apelo que faço a tecnófilos que se encantam com pequenas maravilhas da informática é o de que olhem para a megamáquina chamada computador e vejam-na em perspectiva de longo prazo. Isso servirá para que se coloquem coisas como o Pilot e o Scratch no devido lugar. Servirá também para que se pense mais nos impactos essenciais das tecnologias da comunicação na educação. Espero que os exemplos que dei, do relógio e do trem, em abordagens de gente grande como Mumford e Judt, passem uma idéia do que entendo por estudos sobre tecnologia que educadores devem empreender.
Acabo de receber de meu amigo Bertelli indicação de PPS com declarações de um velho sobre sua dificuldade de se adaptar à novidades. Esse velho não fica só em reclamações. Lembra “antiguidades” inventadas por sua geração: Rock, Beatles, liberdade sexual, luta por condições decentes de vida, liberação feminina, briga corajosa contra a ditadura, muita música bonita, muita literatura de primeira água and so on. Ao mesmo tempo, talvez de modo injusto, lembra as “conquistas” da geração atual: pouco gosto pela leitura, música sem melodia, tédios intermináveis, vazio intelectual etc. e tal.
Não vou entrar no mérito das opiniões do citado velho. Mas, acho que ele chama a atenção para certos pontos meio esquecidos: a geração que hoje enfrenta alguma dificuldade para usar parafernália eletrônica e entender a ânsia por mais e mais diversão; mas, esta mesma geração pertenceu a uma juventude rebelde que contribuiu para mudanças fundamentais no mundo.
Sinto que o educadores valorizam sobremaneira os jovens de hoje e se esquecem das conquistas dos jovens de ontem. Uma pena! Estão jogando história na lata do lixo. E pior: passam para os meninos de agora a sensação de que os jovens de outrora nada fizeram que mereça destaque.
Da coleção de eslaides encaminhadas pelo Bertelli quero destacar um trecho que descreve um pouco de minha experiência atual:
Jovens, posso rir das críticas que me fazem, ainda que às vezes não as ouça muito bem.
A declaração do velho tem muito a ver com coisas que ouvi (ou não ouvi) de alguns de meus alunos.
A grande arte sempre é engajada, reflete um mundo que sensibiliza o artista, gera indignação, sugere mudança, emociona. Mas, é sempre arte. É sempre uma proposta de ver o mundo de forma não conformada, surpreendente.
Há tempos, amigos de minha geração propuseram a criação de um blog que registrasse histórias e sonhos de quem vivenciou os anos sessenta. Surgiu assim o Arquivo68. Sou um dos editores do blog. Mas, pouco escrevo, pouco colaboro. Este ano, porém, resolvi ser mais ativo naquele espaço. Minha peça mais recente no Arquivo68 é uma chamada para série de posts sobre literatura engajada. Exemplifico minha proposta apresentando Os Clandestinos, de Fernando Namora. E, para não ficar só na obra, utilizo citações do próprio Namora para falar de literatura engajada.
Se estiver interessado em meu post sobre o romance do grande escritor português, ou se quiser visitar o Arquivo68, aqui vai o link:
Insisto na idéia de que os melhores usos de computadores em educação são aqueles nos quais o ambiente de aprendizagem é um modelo ou simulação. Insisto na idéia porque nestes tempos de domínio da Internet pouca gente se lembra de que o computador é um grande fingidor, capaz de imitar qualquer coisa: organismos, nichos ambientais, galáxias, planetas, tráfego aéreo, sintomas resultantes de alguma enfermidade, sistemas políticos etc. etc. Para tanto, é preciso duplo investimento: em grana, em inteligência. Muita grana, muita inteligência. Talvez por isso, modelos e simulações andem esquecidos.
Faz alguns meses que aproveitei a oportunidade para insistir no ponto. A SETEC/MEC me convidou para uma apresentação sobre usos de computadores em educação tecnológica num seminário internacional acontecido em Brasília. O roteiro da minha apresentação é o que segue.
Uma das marcas de nosso tempo é a rapidez com a qual elementos da cultura material derretem, desaparecem, envelhecem, morrem, são esquecidos. Às vezes o que se vai é um rótulo, substituído por um outro nome, um outro apelo, uma viragem da moda. Por isso, o passado fica cada vez mais recente e, contraditoriamente, cada vez mais distante. Aquele sabonete famoso sumiu faz dez anos, mas parece que faz séculos. Usar chapéu parece costume do século XVIII, embora ainda fosse comum nos anos de 1950. Os computadores Apple IIe eram revolucionários em 1980. Hoje são peças de museu e parecem ter mais de cem anos.
As considerações que faço aqui situam um sentimento que é muito comum entre pessoas que lidam com tecnologias de informação e comunicação. Computadores e ferramentas digitais tornam-se obsoletas poucos meses depois de lançados no mercado. Há uma cultura de susbstituição constante de equipamentos, com muito mais urgência do que os apelos por compra do carro do ano. Os tempos de troca de velhos modelos já não são anuais, são mensais. O presente é um tempo cada vez mais curto.Tudo vira passado sem tempo para que experimentemos novos produtos em ritmo da vida determinado por processos biológicos. O presente passa a ser determinado pela velocidade de processos físicos efêmeros.
A redução do presente e a construção de um passado cada vez mais próximo tem elementos de tragédia. Não se vive. Corre-se para acompanhar uma mudança cada vez mais acelerada. Mas, há também elementos cômicos nessa história. Calça rancheira, camisa de tergal, O Direito da Nascer, Toddy, Grapete, etc., etc. são detalhes da biografia de boa parte da população. Mas, se alguém não nos lembrar, a memória destes e de outros detalhes desaparece no porão das coisas velhas.
Chega de conversa sobre hora da saudade. Fregueses do Boteco devem estar se perguntando por que todo este papo sobre coisas já desaparecidas. Esclareço. Acabei de receber do meu amigo Antônio Morales indicação de um belíssimo vídeo em que Jessier Quirino diz seu poema Vou-me embora pro passado. É hilário. Terno. Projeta sonhos de um mundo melhor. Mostra como abandonamos sem remorso belezas que talvez merecessem estar muito vivas neste tempo de violência, pressa, falta de gosto para usufruir coisas boas em ritmo vital. Vejam o vídeo. Pensem . E se lhes apetecer, comentem.
Em post sobre o Super Bowl, no blog do New York Review of Books, Garry Wills faz algumas considerações sobre espetáculo e violência. O autor mostra que o espetáculo conhecido como futebol americano tem lances de violência nos quais “corpos jovens soberbos são quebrados, e têm seus cérebros iremediavelmente prejudicados”. No caso, o alvo da crítica não deve ser o esporte viril, mas a violência que torna o espetáculo mais atraente. No estádio e na TV, a turba se delicia com a violência, pede mais, quer “ver sangue”. Isso é uma regresso à barbárie, perigo que sempre nos ronda.
Wills exemplifica as tentações da barbárie a partir de um caso contado por Agostinho de Hipona em Confissões. Agostinho narra que seu amigo Alípio era fissurado por lutas de gladiadores. Reconhece fraqueza e deixa de ver tais espetáculos. Mas, um dia, volta a uma arena. Fica de olhos fechados. O barulho da multidão assinala que há muita ação em curso. Alípio não se contém. Abre os olhos. Num instante está a gritar, pedindo mais violência, pedindo sangue. Reproduzo aqui o trecho completo de Confissões que narra o episódio, conservando a tradução para o inglês utilizada por Garry Wills.
The minute he saw blood, he was sipping animality, and turned no more away. With eyes glued to the spectacle, he absentmindedly gulped down frenzies. He took a complicit joy in the fighting, and was drunk with delight at the cruelty. No longer the person he was when he entered, he was now entered into the crowd, at one with those who forced him there. More—he stared, he shouted, he burned, he took away the madness he had found there and followed it back again, not only with those who had first drawn him, but dragging them and others on his own.
Cabe notar que em muitos espetáculos a violência não é física; é psicológica e moral. Nos meios de comunicação isso acontece com frequência. Há shows que utitilizam humilhação como principal componente nas tramas apresentadas. Há um ótimo filme que retrata isso no cenário da recessão de 1929: They Shoot Horses, Don’t They? A película conta a história de um concurso de dança que oferecia prêmio para o casal que dançasse por mais tempo. O desespero da pobreza, da fome e do desemprego levava muitos casais a entrarem no concurso cruel. O fundo do espetáculo era a redução de pessoas a fantoches que faziam de tudo para ganhar. Em nosso tempo, tramas parecidas acontecem naquilo que se convencionou chamar de reality shows, onde pessoas são desumanizadas para divertir espectadores. Exemplo: BBB.
Infelizmennte, a volta à barbárie que acontece em muitos espetáculos da mídia não é percebida com clareza, nem criticada.
Tem gente que não compreende posts como este aqui no Boteco. Perguntam: o que isso tem a ver com educação, com tecnologia educacional, com comunicação? Minha resposta é breve: tem tudo a ver. Nossos meios de comunicação, cada vez mais, privilegiam o espetáculo. E a comunicação “espetacular” é, cada vez mais, uma exigência em educação. Não podemos ignorar voltas à barbárie em nome do espetáculo. Se não ver o fenômeno, a educação pode embarcar em mecanismos que prejudicam civilização e favorecem barbárie.
Reproduzo aqui foto que ilustra o post de Garry Wills. Ela mostra cena de jogada na qual um atleta ficou seriamente contundido.
Hoje, logo depois de publicar post sobre idosos, computadores e internet, criticando idéias de que os velhinhos pouco usam TIC’s, chegou um pio interessante do @davepeck. A mensagem noticia que gente com mais de 65 anos é o grupo que mais cresce no Facebook. Destaca também que a faixa de maior crescimento no Twitter é a de 35-49 anos. Esses dados contrariam a crença de que Internet é um país de jovens. Parece que as coisas estão mudando.
As mudanças assinaladas pelo grande crescimento de gente mais madura nas mídias sociais refletem tendências demográficas de nosso tempo. A população está, cada vez mais, chegando a idade bem avançada com boa saúde, disposição e vontade de viver. O crescimento impressionante do número de gente mais madura em usos comunicativos da Internet precisa ser visto com carinho. Parece que há mudanças no ar.
Para se ter uma idéia mais clara do fenômeno que estou comentando, convém dar uma olhada no vídeo que acompanha a matéria indicada pelo Dave.
Boa parte do que se diz e comenta sobre a relação dos idosos com computadores e internet é marcada por preconceitos, incompreensão, valorização excessiva da juventude. Por isso, não gosto de nada que reforce um sentimento hegemônico que ridiculariza os velhos. Não gosto também da mania que muitos analistas têm, educadores inclusos, de dizer que os professores, principalmente os mais maduros, são os culpados maiores por fracassos em usos de TIC’s nas escolas.
Muito do que se diz sobre incapacidade dos velhinhos para usar novas tecnologias tem a ver com modos de funcionamento da mente humana. Tendemos a conservar velhos hábitos, inclusive transferindo-os para novas situações. Gardner observa que este é um dos mais sérios problemas em educação. A principal finalidade desta é mudar. Mas, os alunos tendem a ficar com as antigas referências. Alguém já me disse que essa é uma lei sábia de economia cognitiva: só aprendemos o novo quando o velho deixa de funcionar. E essa lei não conhece idade, ela é um traço humano. Crianças, jovens, adultos e idosos aplicam-na frequentemente. A lei é inteligente. Afinal de contas pra que mudar quando as coisas funcionam de acordo com nossos interesses, necessidades, sonhos e desejos?
Acho que fiz as necessárias considerações para publicar aqui a foto recebida hoje por minha mulhes via e-mail. A amiga que encaminhou a ela a foto em questão sugere que a figura é uma aviso de que “está na hora de se aposentar”.