No post passado escrevi um texto para introduzir a canção Natives na voz de Christy Moore. Repito a dose a título de desejo de Ano Bom. Para tanto, sugiro um vídeo no qual imagens de soldados dos países centrais bombardeiam alguma pobre pátria deste mundo, tendo como fundo sonoro a linda e engajada canção Natives.
Espero que aprendamos civilização e deixemos de lado a barbárie. Espero que a gente em 2011 possa falar num mundo de PAZ.
Tempo de festas. Muita preguiça. Preciso terminar revisão de um livro para o qual sou convidado para escrever texto da orelha. Preciso escrever um artigo para publicação da Universidad del Trabajo del Uruguay (UTU). Preciso iniciar delineamento de um projeto sobre metodologia em educação tecnológica. Preciso postar aqui diversas matérias sobre usos da Web em educação, aprendizagem e outras cositas más. Mas nada faço. Curto um tempo de preguiça, as chamadas Festas.
Apesar de preguiça, leio e ouço música. No momento, ando curtindo álbuns de Christy Moore, grande cantor irlandês. E decidi dividir essa curtição com os poucos fregueses que aparecem no Boteco Escola estes dias. No álbum Christy Live at The Point, há uma canção que já escutei hoje uma dezena de vezes, Natives. Melodia bonita. Letra engajada, com referências ao Colonialismo europeu. Fui ao Youtube e vi que a performance de Christy no The Point está no ar. Nada mais preciso dizer. Basta mostrar mais esta grande interpretação do cantor da Irlanda.
Se quiserem curtir a letra, aqui vai ela:
For all of our languages, we can’t communicate For all of our native tongues, we’re all natives here Sons of their fathers dream the same dream The sound of forbidden words becomes a scream Voices in anger, victims of history Plundered and set aside, grown fat on swallowed pride
With promises of paradise and gifts of beads and knives Missionaries and pioneers are soldiers in disguise Saviours and conquerors they make us wait The fishers of men they wave their truth like bait With the touch of a stranger’s hand innocence turns to shame The spirit that dwelt within now sleeps out in the rain
For all of our languages, we can’t communicate For all of our native tongues, we’re all natives here The scars of the past are slow to disappear The cries of the dead are always in our ears Only the very safe can talk about wrong and right Of those who are forced to choose, some will choose to fight For all of our languages, we can’t communicate
Meu amigo Bertelli, ateu convicto, acredita que a música sacra é um presente dos deuses. E ele prova isso com exemplos. Em mensagem recente, Bertelli aponta diversas gravaçõpes de peças sacras feitas pelo tenor Beniamino Gigli. Coisa divina, sem dúvida. Neste tempo de festa e música, achei que ficava bem dividir com os fregueses do Boteco um dos brindes enviado por meu amigo ateu, esteta e respeitador da magnífica arte sacra.
Segue aqui Panis Angelicus, de Cesar Franck, na voz insuperável de Gigli.
Depois de postar minha mensagem de Natal, continuei a buscar as melodias que escutava no período das Festas em San Diego. Há uma grande riqueza de registros no Youtube. Exemplifico isso com uma gravação de Elvis Presley e duas gravações de outra cantora preferida, Anne Murray. Escutem e curtam um Feliz Natal.
Desejo a amigos e frequeses deste Boteco Escola um Ótimo Natal. E para musicar tal desejo, escolhi canção natalina cantada por Ginette Reno, uma das minhas cantoras preferidas. A música fala de um Natal Branco, muito diferente do nosso.
Nos EUA e Canadá, a melodia cantada por Ginette é um som comum em rádios e TV’s no período das festas. Isso já não acontece mais por aqui. Comilança e consumismo são, faz tempo, marcas registradas de nossos natais. Os gringos, apesar de tudo, conservam certo espírito de Natal. Nos tempos em que vivi na Grigolândia (1982/1984), as tradições natalinas lá existentes me impressionaram. Tenho, até hoje, um fita com canções de Natal que gravei da programação normal de uma das FM’s locais. Coisa meio sentimental, mas bonita.
O jornal de livros New York Review of Books, edição de 11 de novembro de 2010, publicou uma matéria muito interessante sobre a criatividade e as invoções dos programas de rádio de rede pública americana, a NPR (National Public Radio). Matéria ótima para estudantes de comunicação social e radialistas. Matéria boa também para quem estuda mídia e quer saber qual o papel da criatividade e invenção no uso de veículos de comunicação.
Interessados, além de ler a matéria indicada não podem deixar de ouvir alguns exemplos dos programas de maior sucesso da NPR. Aqui vai uma lista de tais programas. Basta clicar sobre cada título para acessar área onde será possível escolher podcasts dessses fantásticos shows de rádio.
A onda privatista das duas últimas décadas provocou diversos males: tercerização do emprego, degradação de condições do trabalho, precarização das relações empregatícias, doação de grandes patrimônios públicos para aventureiros etc. De uns tempos para cá, pensamos que tais males seriam amenizados. Talvez nossa impressão otimista esteja equivocada. O privatismo avassalador continua. Querem um estado mínimo, exceto quando este é chamado para cobrir rombos da pirataria financeira.
No plano internacional, privatarias na área de educação pareciam modestas se comparadas com o que rolava no campo das comunicações, finanças, transporte e exploração de matérias primas. Mas, provavelmente não entendemos alguns sinais. Agora as coisas estão ficando claras e o empenho para limitar e diminuir a educação pública vai ficando evidente. Li alertas recentes de Mike Rose e Diane Ravitch sobre isso nos EUA. Pio recente de @jordi_a indica um comentário que precisa ser lido. Para tanto, cliquem sobre o destaque que segue: